terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Enxaqueca e suas causas




A enxaqueca, uma dor de cabeça recorrente, caracteriza-se por um complexo de sintomas que incluem crises de dor, fotofobia, fonofobia, náuseas e vômito. Estudos indicam que a enxaqueca é uma doença neurológica com origem no sistema nervoso central e base genética. 

Pessoas portadoras de enxaqueca podem apresentar sensibilidade a um ou mais fatores. Esses fatores não são causadores diretos da enxaqueca, mas ativam o processo que causa a crise em indivíduos predispostos.

Os desencadeantes podem ser divididos em alimentares e não alimentares.
Segundo a Associação Britânica de Estudos da Cefaleia, um alimento pode ser considerado desencadeante quando:

·        O início da enxaqueca ocorre nas 6 horas após a ingestão;
·        O efeito é reproduzível;
·        A retirada do alimento leva à melhora.

Alguns alimentos podem desencadear a enxaqueca, são eles: chocolate e cacau, bebidas alcoólicas, cafeína, vagem, cebola, alho, conservas, pão fermentados, leite e derivados, embutidos (salame, presunto, calabresa), peixes em conservas, sopas prontas, cubos de carne concentrados, aspartame, entre outros.

Em um estudo foi observado que os alimentos mais mencionados como desencadeantes foram as bebidas alcoólicas, chocolate e queijo. E em outro estudo os fatores não alimentares desencadeantes de enxaqueca foram: fadiga, sono, estresse, clima (calor/frio).

Para o tratamento da enxaqueca pode ser usados medicamentos e condutas nutricionais para minimizar ou acabar com sua frequência. No tratamento medicamentoso hoje existem vários medicamentos que atuam em diferentes fases da enxaqueca. E na conduta nutricional é necessário identificar qual foi a substância que desencadeou os sintomas para sua exclusão da dieta.

Evite ficar várias horas em jejum ou pular refeições, para não diminuir a quantidade de glicose no organismo. É observado também que quem ingere menos alimentos ricos em gorduras também tem menos crises de enxaqueca e menos intensidade da dor.

A Sociedade Brasileira de Cefaleia sugere que outros tratamentos não farmacológicos devem ser considerados, como técnicas de relaxamento, terapia cognitivo-comportamental, acupuntura, fisioterapia e homeopatia.

Observe quando surgir a enxaqueca, qual era seu estado emocional e/ou o que você consumiu a fim de identificar o que pode ter desencadeado a crise, assim o tratamento será mais específico e eficiente.

Cuide-se!! 


Consultório: Rua Dr. Pedro Monteiro, 178, Centro
Maceió - Alagoas


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Feliz Carnaval


Desejo a todos, um excelente carnaval. Com muita alegria e paz.

Cuidem da saúde, mesmo durante as festas:
  • tomem água de coco e sucos de frutas;
  • consuma frutas ricas em água, como melancia, abacaxi, melão, etc.;
  • procurem alimentos mais leves durante as refeições.
Divirtam-se!!!


 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Tensão pré-menstrual




A síndrome pré-menstrual afeta milhões de mulheres e pode ser caracterizada por diversos sintomas físicos, cognitivos e emocionais. Os sintomas envolvem mudanças de humor, com irritabilidade, tensão e inquietação.

A duração dos sintomas, geralmente, é de 3 a 7 dias antes da menstruação. De acordo com o principal sintoma presente e com o fator desencadeante, podemos classificar em quatro grupos principais:

Grupo A: mulheres com predominância de ansiedade, irritabilidade, alterações de humor ou tensão nervosa.

Grupo C: ocorrência de dor de cabeça, desejo por doces, cansaço, tremores e palpitação.

Grupo D: caracterizado por depressão, acompanhada por insônia, choro fácil, esquecimento e confusão mental.

Grupo H: caracterizado por ganho de peso, dores abdominais, edemas nas extremidades e displasia mamária.

Diversas estratégias para o tratamento da síndrome pré-mestrual têm sido propostas. Nos casos de sintomas leves, educação e terapia de comportamento, além de medidas como aumento da prática de atividade física e consumo de dietas saudáveis, podem ajudar. Já para mulheres com sintomas intensos, alguns medicamentos podem ser úteis. Entretanto, para algumas mulheres essas medidas podem não ser eficientes, sendo muitas dessas mulheres resistentes aos tratamentos tradicionais e farmacológicos. Dessa forma, passam a considerar outras possibilidades como suplementos dietéticos e terapias alternativas.

Alguns estudos observam que durante o período pré-menstrual há alterações no consumo energético e de macronutrientes, principalmente gorduras, carboidratos e açúcar simples, dessa forma se observa um aumento indesejável de peso.

É recomendado que, durante o período pré-menstrual, as mulheres consumam refeições pequenas e frequentes, ricas em carboidratos complexos, com o objetivo de melhorar alguns sintomas, como a tensão e depressão.

As modificações nos hábitos dietéticos e no estilo de vida podem ser consideradas como o tratamento para a síndrome pré-menstrual. Quando não for possível a manutenção de dietas balanceadas e nutricionalmente completas, o uso de suplementos de vitaminas e minerais pode ser necessário para o controle dos sintomas, para isso procure um nutricionista, que solicitará exames específicos e fará sua reeducação alimentar de acordo com suas necessidades.

Saúde!!   


Consultório: Rua Dr. Pedro Monteiro, 178, Centro
Maceió - Alagoas

      

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

As Fibras Alimentares e o Colesterol




A doença cardiovascular é a principal causa da morte nos países ocidentais, e aproximadamente quase a metade dos indivíduos que contêm esta doença apresentam níveis de LDL-colesterol elevados no sangue, que podem ser facilmente modificados com intervenção nutricional.

A redução no consumo de gorduras saturadas é o começo para o tratamento de LDL-colesterol elevado, mas é necessário mudanças efetivas no estilo de vida do indivíduo, isso inclui a prática de atividades físicas, manter o peso ideal e ter bons hábitos alimentares.

Com o avanço tecnológico, o processamento dos alimentos foram mais intensos, a ponto de extrair componentes alimentares considerados mais nutritivos e desprezando os considerados pobres, como as fibras. Porém, hoje em dia sabe-se que a fibra alimentar interfere no funcionamento do aparelho digestivo, no metabolismo da glicose e lipídios e contribuindo no equilíbrio das boas bactérias intestinais.

A fibra alimentar é a parte comestível das plantas ou carboidratos que são resistentes à digestão e à absorção no intestino delgado de humanos, com fermentação completa ou parcial no intestino grosso. Elas são encontradas, principalmente, nos vegetais, frutas e grãos integrais.

Na correria diária, estamos deixando de lado os alimentos naturais e os substituindo por alimentos processados, pobres em fibras. Se no passado os lanches podiam conter mais frutas, estas foram substituídas por salgadinhos e doces, alimentos não só ricos em calorias, mas pobres em fibras e demais nutrientes.

Para quem tem alterações do colesterol, recomenda-se como parte do tratamento, mudança no estilo de vida, o consumo de 20 a 30g por dia de fibras (que você pode adquirir consumindo frutas, verduras cruas e cereais integrais, como aveia, chia, linhaça, ou suplementos, se necessário), prática de atividade física, e em casos onde a alteração do perfil lipídico for genética, o uso de medicamentos.

Para um melhor acompanhamento e determinação de uma alimentação adequada a quem tem colesterol elevado, procure um nutricionista e ele fará sua reeducação alimentar de acordo com suas necessidades e tratamento.

Não deixe para depois os cuidados com a sua saúde. E lembre-se que a prevenção começa pela boa alimentação!

Saúde!


Consultório: Rua Pedro Monteiro, 178, Centro
Maceió - Alagoas

 

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Esteatose Hepática




A destacada participação do fígado no metabolismo de carboidratos, lipídios, proteínas,vitaminas e minerais pode afetar significativamente o estado nutricional e equilíbrio orgânico quando da presença de anormalidades na função hepática. 


As doenças hepáticas ou hepatopatias podem ser agudas ou crônicas. Nas hepatopatias agudas há destruição de hepatócitos, sugerindo que a capacidade metabólica diminui como resultado do menor número de hepatócitos funcionantes. Nas hepatopatias crônicas além da diminuição do número de hepatócitos ocorre também alteração da microcirculação hepática. A alteração da circulação hepática, como resultado de lesão do órgão e consequente fibrose, é a base da falência funcional do fígado em doenças crônicas.

A esteatose hepática tem sido definida como acúmulo de gorduras no fígado, que nos últimos anos vem crescendo o número de casos diagnosticados de indivíduos com esta patologia. Entre as causas mais frequentes de esteatose no fígado estão a hepatite C e a doença hepática alcoólica, mas pode estar presente em casos de doença hepática gordurosa não alcoólica, como doenças familiares, exposição a agente ambiental, hipotireoidismo, entre outros.

Embora seja mais frequente por volta de 50 a 60 anos de idade, tem sido encontrada em crianças e adultos jovens. E apesar de acometer pacientes diabéticos, obesos e dislipidêmicos, pode também ser encontrada em pessoas magras e não diabéticas.

O tratamento da(s) causa(s) se faz necessário, para que o indivíduo se afaste do que está provocando o acúmulo de gordura no fígado, que pode ser viral, abuso de álcool, contato com substâncias tóxicas, medicamentos, resistência à insulina, etc.

A perda de peso por meio de dieta hipocalórica e atividade física, revelam-se o tratamento adequado para reduzir os níveis de enzimas hepáticas e o grau de esteatose hepática, mas, para isso, se faz necessário o acompanhamento de nutricionista e educador físico, pois indivíduos que perdem peso rapidamente podem aumentar a inflamação hepática e apresentar descompensação funcional do órgão, pelo aumento da liberação de ácidos graxos livres para o fígado.

Não deixem de fazer os exames clínicos anuais, doenças, como a esteatose hepática, são silenciosas, só descobrindo sua presença por meio de exames específicos.

Cuide-se!!


 Consultório: Rua Pedro Monteiro, 178,
Centro, Maceió/AL.