quinta-feira, 25 de março de 2010

Velha é a estrada...




Ontem fui a uma clínica fazer exames de rotina. Enquanto eu esperava ser atendida, resolvi pará minha leitura e prestar atenção em uma senhora que estava sentada a minha frente. Acredito que ela tenha uns 73-5 anos e um sorriso contagiante, desses que ilumina tudo ao redor. Ela bem falante, não deixava passar nada que não comentasse com a pessoa que estava ao seu lado. Cumprimentava e sorria para as pessoas que chegavam. Eu fiquei imaginando a quantidade de experiências que esta senhora tem. Histórias alegres e tristes, superadas ou não e ela ali cheia de vida. Coisa que, às vezes, com meus 30 anos de idade não tenho. Mas talvez por isso mesmo ela hoje seja assim, aprendeu com a vida que não se deve levar tudo tão a sério, que a vida pode ser leve sim.

Mas isto depende de como se "digere" e absorve as experiências, da família que se tem, da qualidade de vida, da genética, do espírito. Às vezes eu tenho a impressão que quando eu ganhar mais alguns anos de vida, irei chutar o pau da barraca e fazer tudo que não posso fazer hoje pelas convenções socias e por ter uma mãe conselheira e atenta aos meus movimentos. Claro, que não penso em fazer muitas extravagâncias. Não é do meu temperamento. Mas irei viajar mais.

Voltando as pessoas com mais vivências, elas são histórias vivas e os melhores contadores que conheço. Alguns lembram tão bem, que dá até para imaginar que estamos naquele cenário relatado. Isso é importante para mim, pois me faz tentar ficar atenta aos detalhes da minha vida.

Pela minha admiração a estas pessoas da melhor idade (nem todos gostam de ser chamados assim, então cuidado quando usar essa denominação) fiz minha primeira especialização em Gerontologia. Nesta ciência se descobre que idoso não é uma pessoa ultrapassada (como muitos pensam), ele é vida, é desejo, é sonhos, é saúde. Tudo igualzinho aos jovens, que teimam em ignorar, acreditando que eles já passaram da idade para isso ou aquilo. E pode crer: não é.

E quando me deparo com uma senhora como esta, que estava à minha frente, reavalio meus conceitos. E vejo que preciso ser mais leve, tentar amenizar o peso que coloco nas coisas que acontecem em minha vida. Porque no fundo sei que não vale a pena tanta pressão.

Beijos.
Foto: Google.

domingo, 14 de março de 2010

Hoje é Domingo



Domingo é dia de festa. Dia de almoçar na casa da avó, da tia. De ir a praia, ao parque, ao cinema, namorar, sair com amigas e no meu caso: viajar.

Tenho recordações boas dos meus domingos durante a infância. Era meu dia preferido, pois encontrava meus primos e íamos todos a praia e brincávamos o dia todo. Eu, a única menina do grupo, tentava fazer tudo que meus primos faziam, sem fazer cara feia. Ah! Se eles conseguiam subir em árvores, eu também conseguia. Se iam mar adentro, eu também ia (isso me custou quase um afogamento, mas consegui emergir a tempo), se brincavam de bola, eu também brincava e tinha que fazer gols para impedir que me mantessem apenas na torcida.

Meus primos foram meus verdadeiros heróis, irmãos, amigos e confidentes. Até a adolescência perdurou nossos domingos felizes. Mas dai, crescemos e cada um foi cuidar de sua carreira profissional, e nos afastamos. Mas talvés, o fato que mais contribuiu para este afastamento foi o falecimento de nossa avó. Ela era o principal motivo dos encontros.

Mas os domingos continuam especiais, em outra pespectiva, claro, mas sempre são mais iluminados e com mais vida. Quem sabe pelo fato de podemos ter mais tempo para nós mesmas? Eu adoro fazer spa em casa: tomar um banho demorado, passar óleo corporal, hidratantes no corpo e nos cabelos, fazer manicure e pedicure, ler uma revista, ouvir músicas alegres, trocar os lençóis da cama e fofocar com uma amiga pelo MSN. Sem falar daqueles convites de última hora (que adoro!!) para uma pizza à noite.

A única coisa que me faz lembrar que no dia seguinte começaremos a trabalhar e/ou estudar, é ouvir aquela música de abertura do Fantástico, que não é mais a mesma e me deixa com saudades da versão anterior. Ai é hora de arrumar a agenda para a semana. E esperar que chegue logo o próximo domingo, com a certeza que vai ser dia mais especial ainda.

Beijos.
Foto: Google.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Empatias ajuda a ter novas amizades



Hoje no fim da manhã estava achando interessante uma coisa: De repente senti uma simpatia por uma pessoa que não conheço pessoalmente, apenas ciberneticamente, e estava contando coisas que nem para a minha melhor amiga conto. Abri meu coração e minha alma. Conversamos sobre sonhos, rotinas e as benditas (ou malditas) dores de amores não correspondidos.

Quando de conversa sobre o assunto costumamos pensar mais sobre o problema e eu começo a ver coisas que na época não via. Minhas perdas, vieram dos meus erros. Ou lutei demais ou desisti logo. A única coisa que me lembro é que o sentimento de perda permaneceu por um longo tempo, até chegar o seu fim e ficar as lembranças, as quais são sempre boas, para que possam servir como aprendizado.

Eu poderia aprender mais, mas tem certas coisas que se o resultado for ser fria e desumanda, prefiro me sentir viva no sofrimento de algo perdido. E continuar tentando.

Beijo.