terça-feira, 8 de junho de 2010

Doze Homens e Uma Sentança



DOZE HOMENS e uma sentença. Direção: Sidney Lumet. Produção/Distribuição: Fox/MGM. Elenco: Henry Fonda, Lee J. Cobb, Ed Begley, E. G. Marshall, Jack Warden, Martin Balsam, John Fiedler, Jack Klugman, Edward Binns, Joseph Sweeney, Goerge Voskovec, Robert Webber. EUA. 1957. DVD. 96 min.

Sidney Lumet, nascido em 25 de Junho de 1924, na cidade de Philadephia, Pennsylvania, EUA, filho do ator Baruch Lumet e da dançarina Eugenia Wermus Lumet, seu começo no mundo artístico foi aos 4 anos de idade no Yiddish Art Theater em Nova York. Atuou em vários papéis na Brodway na década de 30. Fundou um grupo de atores incluindo Yul Brynner e Eli Wallach e em 1955 iniciou seu trabalho como diretor. Começou a trabalhar na CBS e se tornou um importante diretor de TV, iniciando depois, sua carreira cinematográfica.

Conhecido por seu conhecimento técnico e sua habilidade para extrair o melhor dos atores, fez mais de 40 filmes, sendo um deles “Doze homens e uma sentença” (Twelve angry men), que foi indicado ao Oscar de Melhor Diretor (1957) e ganhou os prêmios Urso de Ouro e OCIC, do Festival de Berlim e o Bodil, de Melhor Filme Americano (1957). Geralmente seus filmes são emotivos, sem excesso de sentimentalismo e conta histórias inteligentes e complexas, na maioria das vezes rodadas em Nova York.

O filme narra a história de 12 homens que são jurados de um caso aparentemente óbvio de assassinato. Eles devem deliberar sobre a condenação à morte ou a absorção de um jovem acusado de matar o pai a facada, mas para isso a decisão deve ser unânime. Quando tudo parece levar para uma decisão rápida e sem contradições, eis que surge um jurado e aponta dúvidas em relação às provas materiais e testemunhais do caso.

Com a dúvida sobre a culpabilidade do réu, levantada por um dos jurados, o filme começa um debate e análise de cada prova do crime, principalmente as provas testemunhais, mas não em comum acordo entre todos os jurados, já que a maioria se apresenta sem disposição para isso, desejando apenas terminar logo o julgamento para irem para suas casas. Porém como a decisão de condenação ou absorção do réu não é unânime, os jurados são obrigados a debater os fatos até chegarem a um consenso.

Além das dificuldades de interpretação dos fatos e a falta de uma perícia técnica mais aprofundada, há também o preconceito e problemas pessoais que contribuem no voto de alguns dos jurados.

O filme é denso, mas mostra, claramente, como algumas sentenças judiciais podem ser tomadas erroneamente se os fatos e provas não forem bem analisados e se forem tomadas através de preconceitos e experiências pessoais de cada um. Com diálogos bem construídos e sem a necessidade de grandes produções de cenários, já que todo o enredo praticamente se passa em uma única sala, este filme consegue prender a atenção do início ao fim.

O filme é indicado a todo público, mas deve ser assistido, especialmente, pelos estudantes de Direito, a fim de incentivá-los a pensar sobre a justiça e a imparcialidade dos homens na formação de opiniões, enriquecendo seu pensamento sobre as fundamentações utilizadas para se chegar a uma sentença.

(Trabalho de Metodologia Jurídica).

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